Na pirâmide abaixo verificamos que a maior informação sobre a “eficácia” de suplementos vem de estudos de baixo rigor, como observações de atletas e hipóteses que apresentam pouca evidência. O Instagram é a maior prova disso.

As metanálises sintetizam os resultados de vários estudos para produzir um resultado conclusivo e estão no topo da hierarquia.
O padrão ouro para investigar os efeitos dos suplementos é o estudo prospectivo, randomizado e controlado, que serve de bases para as metanálises.
Se os cientistas do esporte querem que seus resultados sejam aplicados em atletas, eles devem se verificar:
- Tamanho e características da amostra apropriados;
- Mimetizar as condições reais (temperatura ambiente, preparação nutricional) para reduzir as variáveis que possam influenciar nos resultados;
- Usar um protocolo de uso do suplemento: qual dose, como e em qual momento será o consumo
- Verificar se o suplemento não está contaminado para evitar interferências e doping;
- Verificar se o suplemento foi consumido e induziu uma resposta biológica (seja via amostra muscular, plasmática, urinária ou salivar);
- Usar um protocolo validado para avaliação de performance;
- Interpretação dos resultados, verificar se são aplicáveis na prática esportiva real.
- Ainda, a dieta de cada indivíduo pode influenciar a expressão gênica e sua microbiota, e isso pode afetar a resposta da suplementação.
Enquanto a variação do genoma entre os indivíduos é menos que 0,01%, a variação da microbiota é de 80-90% e, portanto, dados atuais sugerem que esses fatores podem afetar o desempenho do atleta.
Mas Aline, sei não… o “dotô” disse que o suplemento que eu topo é bom viu? Ele disse que todos os pacientes ficam TOP, grandes, emagrecem, a pele fica linda sabe? Os suplementos dele são todos iguais, ah e é bem caro também. Mas ele disse que dá certo né…
SÉRIO QUE VOCÊ VAI CAIR NESSA? PENSE…
Referencia: @dra.alinedavid
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